Um assunto que a Curumim Associação de Combate ao Câncer Infantil lida diariamente foi tratado no último final de semana no programa É de Casa, da TV Globo: os custos extras que os pais de pacientes possuem para levar seus filhos para tratamentos no SUS.

As consulta e os tratamentos no Sistema Único de Saúde são gratuitos, porém há toda uma despesa dos pais para que seus filhos não faltem as consultas ou procedimentos agendados nos hospitais.

A matéria se baseou no artigo Quanto custa uma consulta médica especializada para as famílias de pacientes pediátricos no Sistema Único de Saúde?, publicado na revista mensal Cadernos de Saúde Pública (CSP), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e de autoria das Dras. Lisieux Eyer de Jesus, Amanda Guerra Rosina, Anna Cristina Guedes Rabeca, Letícia Medeiros Baptista Martins Pereira e do Dr. Samuel Dekermacher.

O artigo aborda pesquisa realizada com responsáveis por crianças que aguardavam consultas para avaliação de Cirurgia Pediátrica no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), no Rio de Janeiro, entre fevereiro e maio de 2022, e que indica que questões básicas, como transporte e alimentação, contribuem para a não continuidade de tratamentos.

Para a maioria dos entrevistados, houve aumento de gastos devido a deslocamento, comida, cuidadoras para os outros filhos, além de perder parte da renda ou até pedidos de demissão dos pais, como explica a Dra. Lisieux Eyer de Jesus, uma das autoras do estudo:

“Verificamos que existe um custo muito alto, proporcionalmente ao poder aquisitivo da nossa população, simplesmente para ir ao hospital, representado de forma direta pelo custo do transporte e pelo custo de estar no hospital e pagar alimentação. O tempo de transporte dos pacientes é muito grande, em média 2 horas para ir e mais 2 horas para voltar. Isso também pesa porque não é possível, por exemplo, para a maioria das famílias, recuperar um turno de trabalho. O tempo que as pessoas levam entre a casa delas, chegar ao hospital, esperar o atendimento e voltar para a casa delas não permite” aponta a associada titular da CIPE.

VEJA A MATÉRIA COMPLETA NO É DE CASA, DA TV GLOBO